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Projeto Coleta de Gestos (2019-2021) | Collecting Gestures Project (2019-2021)
This Project has taught me a lot about female power, self-care, how to share voices and affectionate exchanges. This was over the course of 30 days, 30 women, 30 times, I deeply met each one of them at my home, where I served up coffee, warmly welcomed them and listened.
The photo shoots took place from March 2019 to January 2020 and the embroidery process goes on. The expectation was to get to 50 photo shoots in 2020; however, it was not possible because of the Covid-19 pandemic restrictions.
I develop many writings from these meetings and while embroidering. I see the project itself as the expression of the unique gestures of each woman translated into the embroidered photographs. This is done by collecting all the “voices”, feelings, affections. Then, I rearrange each piece, each embroidered photo, each artwork individually, and deal with them within its particularities. Later, I add other elements, such as dry leaves, sticks, to the composition. I also rearrange pieces in order to have resin and glass sculptures along with the embroidered photographs. Every artwork is singular and has its own meaning, just like every one of these women and I respect that.
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Esse projeto me ensinou e ainda me ensina muito sobre potência feminina, auto-cuidado, compartilhamento de vozes, trocas afetivas. Foram 30 mulheres, 30 corpos, 30 dias (1 com cada uma), 30 histórias, 30 vezes que conheci a fundo cada uma delas na minha casa, ofereci 30 vezes café, acolhimento, escuta.
Os ensaios ocorreram de março de 2019, aproximadamente, até janeiro de 2020. E os bordados ainda estão em andamento. A expectativa era de chegar a 50 ensaios no ano de 2020, no entanto fui impossibilitada de dar prosseguimento aos ensaios por causa do isolamento social decorrente da pandemia de covid-19. São muitos textos que desenvolvo a partir desses encontros e no decorrer do processo de bordado. Vejo o projeto em si como o ponto de partida na coleta de todas essas vozes, sentidos, afetos e a partir disso vou reorganizando cada peça, cada foto bordada, cada trabalho individualmente e incluindo nas séries "filhas". Os bordados que possuem raízes, terras, flores vão para a série 'Carne-terra', os bordados que se apresentam de maneira fluida, com paleta de azuis vão para 'Feminino é um lugar que chove dentro' e por aí vai, vou organizando aos poucos. Produzo todos os dias e comecei a perceber que precisava de um rigor na organização de cada trabalho para entender o corpo de trabalho de maneira coletiva mais profundamente.
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